RONDA GERAL DE PERNAMBUCO
Depois de três meses de deflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial do país, registrou alta de 0,59% em outubro. A alta foi puxada, principalmente, por alimentos e bebidas e veio acima das expectativas e juntos tiveram peso de 73% no indexador.
A projeção do mercado era de avanço de 0,48%, segundo analistas ouvidos pela Reuters. No ano, o índice está abaixo de 5%, mas, em 12 meses, acumula expansão de 6,47%, acima da meta do Banco Central, o que deve pressionar a instituição por manter os juros elevados.
O grupo alimentos e bebidas subiu 0,72%, bem acima do índice geral. Os preços da batata, cebola e tomate dispararam, elevando os custos com alimentação no domicílio. Contribuíram para a alta do IPCA também o salto da passagem aérea (de 27,38 em outubro) e os preços mais salgados do grupo vestuário, que subiram mais que o dobro da inflação (1,22%).
Pedro Kislanov, gerente da pesquisa, explica que a alta dos alimentos neste período do ano não está relacionada a greve de caminhoneiros. Segundo ele, em manifestações anteriores percebe-se que a inflação é disseminada, ao contrário de outubro, em que ficou concentrado em alguns produtos relacionados às questões climáticas que diminuem a oferta em algumas regiões. Contudo, explica, mesma esta variação oscila conforme a região.
"A plantação do tomate é difusa no país. Em geral, teve alta, mas em São Paulo e Minas Gerais houve redução da oferta e o preço subiu. Em Recife, por exemplo, o preço caiu."
RONDA GERAL NA FRENTE COM A NOTÍCIA
Fonte: Roberto Gravatá